Thursday, August 11, 2005

Barcos de sonetos tortos.


Meu primeiro soneto...

Soneto um

Quando chegar a manhã de tocar-te os lábios,
as nuvens de brio pairar segundo a contento,
na solidão triste de meu vão pensamento,
em busca de palavras a explicar aos sábios.

Rabisco nomes no céu dos meus aeroportos,
deixo voarem papéis em branco sobre as mesas
Buscando em ti o cais para minhas fraquezas,
atracando ali meus barcos de sonetos tortos.

Persigo cachoeiras às espreitas de um grito,
Vigiando noite afora, às esperas,
Só, de que acabe logo este tempo infinito.

Gravitar-te ao esquecimento jamais fizeras
Contudo, não há mar que não tenha conflito.
Realizo contigo todas as suas quimeras.

No comments: