Sunday, November 06, 2005

PSY VAMPS ... EXISTEM VAMPIROS REALMENTE?

Segundo uma máxima esotérica, "Tudo é vibração", ou de acordo com uma pequena variação, "Tudo é energia". E o universo, é regido por energias de diferentes tipos e intensidade, mas absolutamente tudo está impregnado destas diferentes formas energéticas. A energia é portanto, o combustível, a chave para a origem e o "éter" que movimenta o universo. Também na tradição esotérica, é ímpar o treinamento para se compreender e controlar tais energias, e a esta ciência os iniciados chamam de vibroturgia, ou "a arte de manipular as vibrações ou a energia", o que no fundo é um eufemismo para o que conhecemos como vampirismo psíquico...
Psyvamps ou vampiros psíquicos são seres que se alimentam e sobrevivem com energia vital, -ou éter vital-, da energia prânica e por isso, também são conhecidos como prânicos. Obviamente, se todo o universo é composto pelo éter, ou energia vital, tudo possui energia, sejam vegetais ou objetos (Um dos ramos da vibroturgia é sentir a energia depositada nos objetos) Por isso, seres inanimados também podem ser vampirizados sugando-se a energia ali depositada, assim como qualquer coisa que possua vida própria como árvores ou animais inferiores, mas dificilmente os níveis de energia depositados em objetos ou em outras formas de vida não-humanas possuirá um nível de energia suficiente para o vampiro se saciar.
Segundo o esoterismo oriental, todo ser humano possui cinco centros que armazenam diferentes tipos de energia dentro de si. Esses centros seriam : Centro Intelectual, Centro Motor, Centro Sexual, Centro Instintivo e Centro Emocional. Quando gastamos a energia de um destes centros, ele, carente de energia, irá roubar energia de outro centro para se estabelecer. Esse "roubo" de energias entre um centro e outro é bastante comum e seria um "auto-vampirismo", que ocorre no nosso interior mais freqüência do que pensamos. Se uma pessoa se desgasta tanto, o suficiente para não ter nem energia de outros centros para "roubar", esta, inconscientemente poderá drenar energia de OUTRA PESSOA ou de OUTRO SER. portanto seria este o chamado psyvampirismo involuntário, que também é muito comum, e poucas vezes percebido.

Obviamente, psyvampirismo também pode ser praticado voluntariamente, e se este for feito por pessoas despreparadas, estas podem até mesmo matar uma pessoa se não se controlarem e pararem a drenagem na hora certa. O motivo de tal prática pode se dar por vários motivos, entre eles, os principais são :
- Carência de energia vital própria
- Obtenção de poderes extra sensoriais (empatia, clarividência, telepatia, etc)
- Cura
-Criação de corpos/seres energéticos entre outras coisas que sanem a vaidade de um psyvamp não nato.

Um psyvamp, não precisa ser necessariamente uma pessoa nociva, que irá drenar (termo usado para a ação de sugar energia vital) a energia de uma pessoa até a morte, mostrando-se extremamente cruel ou coisa do tipo, pelo contrario, através da manipulação de energia -vibroturgia-, é possível curar uma pessoa que esteja doente em estado grave canalizando a energia para tal finalidade . Um tipo de psyvampirismo benéfico, no qual os candidatos se deixam ser drenados pela pessoa que necessita de tal energia, ou em caso contrário, doa sua energia excedente, é o popularmente conhecido REIKI, que é a mesma vibroturgia doa místicos e rosacruzes. Um psyvamp treinado, pode aplicar as técnicas de uso de sua energia para curar as pessoas e repor energias, um exemplo disto é a disciplina vampírica OBEAH, descrita em detalhes no jogo de RPG "Vampiro a Máscara (Guia dos Jogadores)". A saída de energia acontece nos "plexos" (centros energéticos de grande fluxo de energia). Todos nós possuímos vários plexos energéticos. Um psyvamp pode abrir tais plexos alheios voluntariamente e fazer com que a energia deste venha até ele. Um vampiro que tem conhecimento do que está fazendo, e o faz para beneficio próprio sem respeitar quaisquer vontade do próximo, pode atacar de varias formas, entre elas, as principais são:
- Formas "físicas" -
# Olhar (ou mau-olhado): - o psyvamp simplesmente olha para a vítima e drena a vitae desta.
# Telefone: - sim, é possível drenar uma pessoa somente ao ouvir a voz desta em tempo-real. Alguns psyvamps se utilizam de chats na internet para fazer a drenagem.
# Fotos: - o psyvamp se concentra na foto da vitima e a coloca em seu foco imaginativo e a drena normalmente.
# Toque: - O psyvamp toca a vítima e faz com que as energias desta fluam para ele.
# Sexo - É a maneira que mais beneficia um psyvamp que está drenando no plano físico, pois durante a relação sexual, o fluxo/troca de energias é bastante intenso. Este tipo de vampirismo também é conhecido como Vampirismo Sexual , alguns classificam esta forma de drenagem separadamente do psyvampirismo. Aqui também é notória a comparação com a lenda dos INCUBOS E SÚCUBOS, seres (vampiros ou demônios) que através do sexo roubavam a energia de sua vítimas (em algumas versões, não roubavam energia, apenas forçavam o sexo e os deixavam exaustos).
# Objetos pessoais da vítima (pedaços de papel com quaisquer coisas escritas com a grafia da vitima, fio de cabelo, etc) - O psyvamp apenas se concentra buscando as vibrações energéticas da vítima e a drena.
- Formas avançadas -
# Sonhos - O psyvamp, consciente no plano astral, pode adentrar no sonho da vítima e faz o ataque. Esta, por sua vez, acha que teve um pesadelo ou um sonho desconfortaste.
# Imagens, sons, etc vampirizadores - Fotos, desenhos, músicas previamente preparadas com mensagens subliminares ou até mesmo "enfeitiçadas" para que a energia de quem as observa, ouve, etc seja roubada e induzida até o psyvamp.
# Embora existam muitas bandas que se utilizam do tema, todas as bandas, (assim como apresentações de teatro, jogos em estádios, etc) se utilizam inconsciente de uma forma de vampirismo psíquico, pois é extamente a energia enviada pela platéia que alimenta seus shows. Por isso, quanto mais energia o público possuir e enviar, mais a banda recebe e devolve à platéia, fazendo desta forma uma troca energética.
O principal perigo de um ser-humano praticar a vibroturgia, ou psyvampirismo, é este perder o controle do que esta fazendo e poder prejudicar seriamente outras pessoas a ponto de não conseguir se controlar e drenar suas vitimas até a morte.
A energia vital, quando em excesso, pode tornar-se "viciante", fazendo com que o psyvamp queira-a cada vez mais e mais, podendo chegar ao ponto em que só conseguirá se satisfazer sugando-a de forma mais concreta por assim dizer, podendo tornar-se um "bloodvamp" (sim, ele ira beber sangue, pois o sangue é a parte do corpo em que mais se concentra energia vital), dai a ligação entre psyvamp e bloodvamp. Se este psyvamp, agora com sua "natureza" modificada não receber informações e orientações, poderá tornar-se até mesmo um assassino brutal que mata suas vítimas para alimentar-se com o sangue, um exemplo disto ocorreu com a Argentinum Astrum (Ou Estrela de Prata), dissidência da Ordem da Aurora Dourada, fundada em 1097 por Aleister Crowley, quando os rituais energéticos deram lugar ao sacrifício de animais (e possivelmente bebês) para que os membros tomassem o sangue...
A energia vital pode tornar-se obsessão para o psyvamp a ponto de este chegar a trocar o dia pela noite, já que de dia o fluxo natural de saída de energia é um pouco maior devido a energia solar (esta é origem da crença de que vampiros viram pó quando em contato com o sol). O sol enfraquece, mas não mata um vampiro psíquico. Outro fator que alimenta esta crença de que o sol mata os vampiros é a PORFIRIA , esta doença pouco conhecida é na verdade um coletivo para sete doenças. Identificadas a partir do séc. XIX, são desordens metabólicas causadas por uma deficiência enzimática que inibe a síntese de heme, cujas formas mais graves são caracterizadas por uma extrema sensibilidade à Luz. Aqui também encontramos uma possível resposta para os casos de Bloodvamps, pois, no passado, pessoas que sofressem desta doença, poderiam acreditar que poderiam atenuar os sintomas ao beber sangue de outras pessoas, esta foi inclusive uma tese apresentada em 1985 por David Dolphin à Associação Americana para o Avanço da Ciência, esta idéia foi recebida muito bem, e durante muito tempo, foi seriamente debatida. Entretanto, nunca houve provas que beber sangue humano -ou animal- teria qualquer efeito sobre a doença, e hoje sua hipótese é considerada descartada.

As explicações psíquicas do vampirismo surgiram a partir do séc.XIX junto com a pesquisa psíquica, uma disciplina que se atribuiu a tarefa de investigar o reino do oculto e do sobrenatural, a avó da moderna parapsicologia. Já no ocultismo, o vampirismo psíquico teve como grande expoente, Dion Fortune, ocultista que desde muito jovem teria se descoberto um psyvamp, o que acabou levando-o posteriormente ao estudo da teosofia e a afiliação à 'Golden Down". Seu trabalho mais popular foi "Psychic Self Defense", e em seu trabalho, Dion demonstra ter conhecimento de vários ataques psíquicos, e entre eles, o ataque de psyvamps. Dion deu desta forma, um enfoque ocultista ao vampirismo psíquico, sugerindo que os mestres poderiam separar seu ego psíquico do corpo para drenar a energia astral de suas vítimas. E tais pessoas, inconscientemente, poderiam começar a drenar a energia das pessoas à sua volta. Desta forma, muito do que se sabe -ou acredita- hoje sobre o vampirismo psíquico, se deve à Dion Fortune. Outro grande contribuinte à teoria dos psyvamps, foi o escritor Martin V. Riccardo, criador do termo "Vampiro Astral", e que escreveu dezenas de artigos sobre vampirismo para vários periódicos ocultistas. O termo era utilizado para designar uma forma de vampirismo psíquico (já exposto por Dion Fortune), na qual o corpo-astral ou alma, deixava o corpo para ir drenar o sangue ou a energia vital da vítima, Riccardo é um dos maiores entusiastas em relação à existência dos psyvamps.

Henry Steel Olcott, o primeiro presidente da Sociedade teosófica, especulou que às vezes, quando uma pessoa era enterrada, ela não estava realmente morta, mas em um estado catatônico de transe, e enquanto estivesse "viva" no túmulo, sobreviveria enviando seu duplo astral para drenar a energia dos vivos e garantir desta forma, sua própria sobrevivência e nutrição. Olcott também comentou sobre a prática de se queimar o cadáver de um suposto vampiro. A cremação interrompia a ligação entre o corpo-astral e o corpo físico, evitando assim, a possibilidade do vampirismo psíquico. Suas observações, foram depois estudadas e complementadas por vários escritores teosóficos, como Charles W.Leadbeater, Arthur E.Powell e Franz Hartmann. Hartmann rastreou a teoria do vampirismo astral até o alquimista Paracelsus (1943-1541), embora Olcott e sua mentora H.P. Blavatsky, parecessem ter desenvolvido a posição teosófica diretamente da obra do pesquisador psíquico Z.J.Piérart. A forma mais comum de vampirismo psíquico, entretanto, não envolvia um corpo-astral. O vampirismo magnético era a transferência da força vital de uma pessoa à outra. Hartmann referiu-se a "esponjas-psíquicas", pessoas que inconscientemente vampirizavam as pessoas mais sensíveis à sua volta, onde se encaixa o caso já citado de psyvamps que não sabem o que são.
Embora não tenha se comprovado realmente a existência dos psyvamps, a própria ciência está aos poucos aceitando a antiga crença mística sobre a manipulação de energia, e por isso, em breve a população "profana" saberá o que os místicos já sabem a muito tempo; os vampiros existem, e estão mais perto do que você imagina, talvez, mesmo que não saiba, você possa ser um de nós...


Texto e pesquisa de Fábio Gonçalves de Carvalho.

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